Que tal mis queridos amigas y amigas do #QTAE?!
Espero que estejam muito bem e prontos para mais um texto sobre o meu país!
Irei falar parte de como é o sistema de saúde por lá, como está dividido, quem administra elas e talz, então vamos lá:

A saúde no Perú é administrada por cinco entidades: El Ministerio de Salud (MINSA), que oferece serviços de saúde para o 60% da população, EsSalud que cobre o 30% da população e as Fuerzas Armadas (FFAA), la Policía Nacional (PNP) e o setor privado, que proporcionam serviços sanitários aos 10% restantes. O resultado final é um sistema que contêm vários provedores de serviços e seguros, que realmente contam com uma coordenação deficiente e que frequentemente tem funções que se sobrepõem uma a outra, realmente é um pouco complicado.
O Sistema de Saúde está dividido então nos setores públicos e privados:
Público
- Ministerio de Salud del Perú (MINSA)
- EsSalud
- Sanidad de las Fuerzas Armadas
- Sanidad de la Policía Nacional del Perú
- Municipios
Privado
- Entidades prestadoras de salud (EPS)
- Aseguradoras privadas, clínicas y organizaciones de la sociedad civil (OSC)

EsSalud funciona como o SUS aqui no Brasil. Tem alguns problemas como a estrutura do local não ser bem eficaz, nas regiões rurais tem um médico por cidade, já que além de ficar muito longe para os médicos, o estado não aumenta a remuneração para incentivar.
Com tudo isto, continua existindo uma distribuição geográfica muito desigual no sistema de saúde, como assim? Lima e as zonas da parte litoral do país contam com centros de nível de saúde alto. Enquanto as mais baixas encontram-se no estado de Piura (norte do país), Lambayeque e Loreto. Algumas diferenças entre as zonas urbanas e rurais começaram a diminuir (em questão de saúde) por causa do projeto SERUMS, que é um planejamento de reter os trabalhadores da área de saúde nas áreas mais remotas.
Agora falarei um pouco sobre a mortalidade no país e quais são as principais doenças que atingem o país.
As condições de saúde no Perú, mostraram que segundo a INEI (Instituto Nacional de Estadística e Informática) a mortalidade entre 2010 e 2015 foi de 6 por cada mil habitantes.
A mortalidade infantil diminuiu de 57 por mil nascidos vivos em 1990, a 12 por mil nascidos em 2016, uma boa taxa em comparação à média da América que é 15 por mil nascidos vivos. O Perú mostrou um avanço na redução da mortalidade infantil.
Já a mortalidade materna é bem alta, cada dia morrem no mundo todo 830 mulheres por complicações na gravidez ou durante o parto. Em 2015, foram 303 000 mortes de mulheres durante a gravidez ou depois do parto, praticamente todas estas mortes foram em países de baixos níveis de saúde e que na maioria dos casos poderia ter se evitado.
Desde 1990 o Perú diminuiu a mortalidade materna de 251 a 68 mortes por 100 mil nascidos vivos no 2015, mesmo assim, esta taxa não alcançou a cifra lograda na América Latina (67 mortes por 100 mil vivos nascidos).

Falando em principais causas de morte, a tuberculose no Perú afeta a 33,000 pessoas e mata a 4,000 a cada ano. O Perú ocupa o primeiro lugar na América Latina no número de casos com tuberculose multidrogoresistente (MDR) e extremadamente resistente (XDR). No ano de 2016 registraram 1457 casos de MDR e 88 casos de XDR.
Mesmo diminuindo os casos de mortes por tuberculose, tendo um melhor tratamento e detecção, a tuberculose no país está longe de ser superada.
O gasto em saúde no Perú no ano de 2015 foi ao redor de 5,26% do PIB em saúde, e ao redor de 323$ (dólares) por capita. No ano de 2011, 64,5% da população contava com plano de saúde, esta porcentagem aumentou a 72,9% em 2015, este aumento se deu mais nas áreas onde a pobreza é grande.
Um dos problemas que percebi às vezes aqui no Brasil em questões de medicamentos, é que sempre sou obrigado a comprar uma cartela ou uma caixa de comprimidos. Já no meu país posso comprar a quantidade exata que eu desejar, se quero 5 ou 4 comprimidos que são os que realmente irei consumir. Às vezes por comprar a caixa inteira que nem usamos toda ela, temos medicamentos com validade expirada.
Espero que agora estejam um pouco mais informados sobre o sistema de saúde no meu país, e qualquer dúvida não esqueçam em nos escrever!
Comigo é até aqui e que tenham um ótimo fim de semana, abraços a todos.