E aí, esses pessuais! Cês tão bom? Animadxs com essa sexta chuvosinha?! Dia assim é bom pra ficar em casa e ver um filme, nénon?!

Por falar em filme, hoje falaremos sobre uma lenda da Sessão da Tarde – o Herbert Richers. Se você assistia à Sessão da Tarde nos anos 90, sabe muito bem de quem estou falando. No início dos filmes A Lagoa Azul tinha sempre uma voz misteriosa que dizia “versão brasileira, Herbert Richers”.
E, se você assim como eu, cresceu se perguntando quem diachos era esse cara, hoje é o seu dia \o/ Afinal, quem danado é esse tal de Herbert Richers?

Herbert Richers foi um produtor de cinema e empresário. Nasceu em 1923, em São Paulo, radicou-se no Rio de Janeiro em 1942 e oito anos depois fundou uma empresa de distribuição de filmes, que, posteriormente, tornou-se o principal estúdio de dublagem da América Latina.
Além do trabalho de distribuição, Richers também fazia cinegrafia e produção dos cine-jornais que era exibidos antes dos filmes nas sessões de cinema. Embalado pela experiência, em 1956 ele produziu seu primeiro filme, Sai de Baixo.
Sua trajetória com a dublagem começou meio que por acaso: após ter tido um problema de áudio durante a filmagem de um de seus longas, Richers precisou dublar o filme para salvá-lo. Investiu nos equipamentos e descobriu um grande mercado. Mas o grande impulso no ramo se deveu a Walt Disney – na sua segunda vinda ao Brasil, Disney foi acompanhado por Richers, que era o cinegrafista da visita, e os produtores ficaram amigos.
Quando, em 1963, a extinta TV Tupi comprou os direitos de exibição de Zorro, produzido por Walt Disney, o produtor insistiu que o estúdio de dublagem Herbert Richers S.A. fosse contratado.
Com o passar dos anos, o estúdio se tornou o maior da América Latina. Em 60 anos de existência, produziu mais de 80 filmes e traduziu, aproximadamente, 4.000 produtos, entre novelas, minisséries, desenhos e filme. Ainda de quebra, lançou Renato Aragão no cinema. Dentre as várias novelas dubladas, estavam as mexicanas, inclusive A Usurpadora. ‘Ué, mas eu nunca ouvi o bordão!’ – verdade, e razão disso era que Sílvio Santos o proibiu de ser exibido.
E se você nunca ouviu esse bordão antes, meu jovem, lamento dizer que já não será mais possível também. É que após a morte do produtor em 2009 e a falência do estúdio em 2012, o prédio foi atingido por um incêndio que destruiu todos os originais :'(
Agora que o mistério está finalmente resolvido, bom fim de semana pra vocês e até semana que vem! Bye 😀
fontes: Memórias Cinematográficas
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